Desde que o influenciador digital Felipe Bressanim, mais conhecido como Felca, usou seus perfis com milhões de seguidores para denunciar a exploração de menores para conteúdos nas redes sociais, o assunto não deixou de figurar entre os tópicos mais debatidos na mídia e na internet. O influenciador Hytalo Santos, um dos citados no vídeo de Felca, teve suas contas no Instagram e TikTok desativadas, e o caso passou a ser investigado pelo Ministério Público. Além disso, a denúncia reacendeu o debate sobre o tema e o impacto da exploração infantil na internet.
Após furar a bolha virtual, o assunto impulsionou uma série de ações legislativas. Na Câmara dos Deputados, a denúncia resultou na apresentação de mais de 30 novos projetos de lei, com o objetivo de endurecer as regras e as punições contra a exploração e a sexualização de menores em ambiente online. No Senado, o tema também ganhou destaque, com a formalização de um pedido para a criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar a exploração infantil nas redes sociais.
Apesar do assunto unificar forças e grupos de diferentes interesses políticos, juntando até mesmo a deputada Erika Hilton (PSOL) e o deputado Nikolas Ferreira (PL), críticas foram feitas. O caso Marajó, que teve um destaque midiático no ano passado e tratava do caso da exploração sexual de crianças e adolescentes no arquipélago de Marajó (Pará), foi utilizado para comparar o interesse político de determinadas figuras com o caso versus as denúncias de Felca.
Outro movimento de crítica que cresceu, principalmente no TikTok, foi a insatisfação de outros criadores de conteúdos que já denunciavam a tal adultização de crianças e adolescentes nas redes, porém nunca tiveram a mesma repercussão que Felca. Dentre esses reclamantes, o posicionamento do influenciador Ismeiowse destacou. Ao fazer um vídeo reactdo conteúdo de Felca, Ismael Serafim desabafou sobre a situação e pediu que o público parasse de “desmerecer o trabalho de um influenciador menor […] se não fossem as outras pessoas preparando o terreno para que esse vídeo saísse, não teria acontecido tudo que aconteceu”. As declarações de Ismeiow foram bastantes criticadas e, por fim, o criador decidiu fazer uma pausa em suas lives por tempo indeterminado.
Desde a postagem do vídeo adultizaçãoem seu canal do YouTube (no momento passa das 35,9 milhões de visualizações), e dos vídeos curtos sobre o mesmo tema postados no Instagram e no TikTok, Felca não retornou às suas redes para novos conteúdos.
TRENDING TOPICS 24H
Levantamento da Nexus – Pesquisa e Inteligência de Dados aponta que, no X, Felca figura na 12ª posição dos Trending Topics Brasil das últimas 24 horas, com cerca de 797 mil menções. Desde sua denúncia, em 6 de agosto, o nome do influenciador apareceu diversas vezes nas primeiras posições da lista. A ordem dos Trending Topics, tanto o global quanto o do Brasil, respeita uma série de variáveis que vão além do número de citações ao termo, como o fator novidade.
ANÁLISE AMOSTRAL NO X
Nesta rede, uma análise amostral de 249 mil publicações, feitas nos últimos três dias, entre 11 e 13 de agosto (até as 8h), indica que o assunto foi pautado com um número relevante de usuários da rede: 99 mil usuários únicos. Isso significa uma média de 2,5 posts por perfil. No período analisado, a Nexus observou dois picos de conversas, sendo o primeiro ontem (12) por volta das 20h e outro no início da manhã de hoje (13) às 7h. Termos como vídeo do Felca, Marajó, crianças e adolescentes e Brasil protagonizam os destaques da nuvem de palavras.
No X, perfis de diversos nichos seguem comentado a pauta levantada pelo vídeo de Felca. O influenciador Felipe Neto, o humorista Danilo Gentili e o portal de notícias G1 sobressaem como os emissores mais seguidos mencionaram o tópico. Entre os conteúdos mais compartilhados aparecem usuários comuns e veículos de mídia independente, como @kiarademie, @paulodetarsog e @conexaopolitica.
Ainda na rede de Elon Musk, usuários se mobilizaram por meio da hashtag REGULAMENTAÇÃO É PROTEÇÃO, pedindo a regulamentação das redes sociais e da internet em geral. No momento, até as 9h40, a tag figurava na oitava posição dos Trending Topics, mencionada mais de 130 mil vezes.

ANÁLISE AMOSTRAL DAS REDES DA META
No Facebook e no Instagram, outra amostra de 15 mil postagens aponta que, assim como no X, perfis dos mais variados nichos comentaram sobre o assunto nestas redes. No Facebook, observamos uma prevalência maior de perfis de veículos de imprensa, como GloboNews, Band, SBT News e Brasil247 repercutindo suas reportagens sobre o tópico. Já no Instagram, são os perfis de entretenimento que se destacam, como Hugo Gloss, Leo Dias e Alfinetei.

NAS BUSCAS DO GOOGLE
No Google Trends Brasil, considerando as últimas 48h, observamos que lei felca esteve em alta durante 10h nas buscas na plataforma, acumulando pouco mais de 2 mil pesquisas, com um pico às 4h de terça (12). Outro termo que teve uma breve e sutil aparição no ranking foi felca jornal nacional que alcançou cerca de 200 pesquisas, com um pico às 21h de segunda-feira (11).

CRESCIMENTO, ENGAJAMENTO NAS REDES DE FELCA E ANÁLISE DE COMENTÁRIOS
O levantamento da Nexus – Pesquisa e Inteligência de Dados mostra também a análise do crescimento de Felca nas redes, engajamento e análise de comentários do vídeo central da repercussão, o que ele postou no dia 6 no YouTube.
Com 8 posts sobre a adultização na timeline de seus perfis em 4 das 6 redes sociais analisadas no levantamento da Nexus, Felca amplificou seu potencial como influenciador após abordar a temática em denúncia na web. Os conteúdos já acumulam, juntos, mais de 66 milhões de visualizações e 3,12 milhões de interações.
Somente o 1ª vídeo postado em seu canal no YouTube, de maior duração, o influenciador superou 2 milhões de curtidas. Foram 2 posts no YouTube (incluindo um short), 1 no X, 4 no Facebook (dos quais 1 está indisponível para play e sem contagem de visualização – https://www.facebook.com/638043002676568/posts/633243896489812) e 1 no TikTok.

TABELA COM O NÚMERO DE SEGUIDORES POR REDE

Apesar de não ter publicação sobre o tema nas páginas do Instagram e do Twitch de Felca, o criador de conteúdo viu seu número de seguidores decolar em todas as redes, em menor ou maior grau, como é possível visualizar no gráfico abaixo. Mesmo sem o histórico completo dessa métrica no Facebook, pode-se dizer que o volume total de seus seguidores duplicou. Com saldo positivo superior a 10,3 milhões de seguidores em seus perfis entre 6 e 12/8, o crescimento foi de 52%, ao menos – saindo de 20.069.233 para 30.416.055 seguidores.

O QUE FALAM NO VÍDEO DENÚNCIA NO YOUTUBE
Uma análise amostral de 50 mil comentários (20%), dos 237 mil feitos no vídeo-denúncia de Felca em seu canal no YouTube, indica que há uma forte onda de apoio e admiração por Felca, especialmente diante de sua coragem. Uma das menções mais recorrentes é a de o influenciador “deu a cara a tapa” para denunciar algo que muitos sabiam que existia, mas que ninguém, inclusive a grande mídia e os políticos, tinha coragem de expor publicamente.
“Comentários de pessoas de diferentes países, como Angola e Portugal, e de várias profissões, como psicólogos, professores, advogados e médicos, além de pais e mães de crianças, frisam a importância e o alcance do conteúdo. A atitude de Felca é amplamente elogiada e vista como um ato de ‘serviço público’ para conscientizar a população”, analisa Marcelo Tokarski, CEO da Nexus.
Outro ponto relembrado nos comentários é o fato de o vídeo não ter sido monetizado, o que é visto como um sinal de integridade e desinteresse financeiro por parte de Felca, fortalecendo a credibilidade de sua denúncia. Muitos expressam preocupação com a segurança do influenciador, pedindo orações e proteção, por ele ter “mexido num vespeiro” e enfrentado uma “máfia” de pessoas poderosas.
Além disso, há diversos relatos de vítimas de abuso que se sentiram representadas e encorajadas pelo conteúdo, compartilhando suas experiências pessoais e o impacto duradouro dos traumas em suas vidas. A mobilização do público é evidente, com comentários incentivando o compartilhamento em massa do vídeo.
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