Metade das classes ABC diminuiu o consumo de CDs e LPs

estudos divulgados
Prática foi abolida, principalmente, pelos maiores de 60 anos. Entre todos os entrevistados, 78% usam versão gratuita ou assinam algum tipo de streaming

A era dos streamings está mudando a forma como parte dos brasileiros escuta música. Pesquisa da Nexusmostra que45% da população das classes econômicas A, B e C que assinam algum tipo de serviço de streaming musical diminuíram muito ou pararam completamente de escutar LPs ou CDs. A mudança de hábito é mais percebida entre os Baby Boomers: 76% de quem nasceu entre 1946 e 1964 (61 a 79 anos) afirmaram ter diminuído muito (49%) ou parado completamente (27%) o hábito de consumir discos ou CDs.

Entre quem tem 45 e 60 anos, a Geração X, 55% afirmaram o mesmo. Entre os Millennials (29 a 44 anos) e a Geração Z (13 a 28 anos), foram 36%. Na outra ponta, 20% dos entrevistados aumentaram ou aumentaram muito o consumo de música em discos ou CDs. 19% da Geração X, 21% dos Millennials e 26% da Geração Z disseram o mesmo. Entre os maiores de 60 anos, apenas 2% perceberam aumento no hábito de consumo nesses formatos depois da assinatura de streamings de música.

“Nossa pesquisa revela uma transição de consumo bastante clara. Para uma parte significativa dos brasileiros das classes A, B e C, o streaming musical se tornou o principal, e muitas vezes o único, meio de acesso à música. O que é mais interessante é que a mudança de hábito é mais forte entre os mais velhos, os Baby Boomers, que foram a primeira geração a consumir música em formatos físicos como vinil e CD. Eles são os que mais abandonaram esses formatos, mostrando a praticidade do streaming. No entanto, o paradoxo é que as gerações mais jovens, que cresceram com o digital, mostram um interesse crescente em LPs e CDs, indicando que o formato físico está se transformando em um item de colecionador ou um complemento para a experiência digital. O mercado precisa entender que o digital e o físico podem coexistir, cada um atendendo a uma necessidade e a um comportamento diferente do consumidor”, afirma Marcelo Tokarski, CEO da Nexus.

Para 57% dos brasileiros das classes A,B e C, a grande variedade de músicas é, inclusive, o principal motivo para a assinatura de um streaming musical. Para os baby boomers, faixa etária que mais deixou de consumir CDs e LPs depois da assinatura de streamings de música, esse percentual chega a 82%. Em segundo lugar, para todos os entrevistados, vem o conteúdo exclusivo e original (38%) e, em seguida, o preço acessível/bom custo-benefício (37%). Eles poderiam elencar até dois motivos.

Ao todo, 52% dos separados, divorciados ou viúvos passaram a consumir mais rádio depois da assinatura de streaming, e 26% disseram que consomem menos música nesse formato agora. Apenas 6% nessa categoria disseram não sentir mudança nesse tipo de comportamento. Brasileiros da classe A (45%) também passaram a escutar mais músicas no rádio. Já 29% dos baby boomers deixaram o hábito de lado com a assinatura de streamings.

8 em cada 10 entrevistados usam algum serviço de streaming

Oito em cada 10 (78%) dos brasileiros das classes A, B e C usam a versão gratuita ou assinam algum serviço de streaming de áudio. Na versão gratuita, o streaming musical mais utilizado é o Youtube Music: 41% afirmaram usar o serviço de músicas e vídeos sem mensalidade. Já 9% disseram utilizar a versão paga do streaming e 50%, não utilizam de nenhuma forma.

A forma gratuita é mais utilizada entre quem tem até o ensino fundamental completo (55%) e moradores do Nordeste (48%). Já quem integra a classe A (21%), parcela da população com a renda familiar mais alta do país, e os Millennials (18%) têm o maior percentual entre quem assina a versão paga.

O Spotify é o preferido de quem decide pagar por um streaming musical, escolha de 23% dos brasileiros dessas classes. Outros 35% disseram usar a versão gratuita do serviço. Só 42% afirmaram não utilizar a plataforma. O Spotify é o único streaming que, somados os usuários das versões pagas e gratuitas, têm mais adeptos do que pessoas que não o utilizam.

A forma paga do Spotify é mais utilizada por quem tem ensino superior completo (40%) e pelos mais ricos (38%). Entre Baby Boomers, maiores de 60 anos, 62% afirmaram que não usam o streaming de nenhuma forma.

Na hora de escolher o melhor serviço de streaming musical, 8 de cada 10 brasileiros (78%) das classes A, B e C elegeram o Spotify como plataforma preferida. Em seguida, vieram Youtube Music (64%) e Deezer (32%). Os entrevistados podiam escolher até três opções na hora de votar.  O preço médio de gasto com os serviços é de até R$ 50,00 para 52% dos entrevistados. Quem tem de 45 a 60 anos gasta mais: 42% afirmaram pagar de R$ 51,00 a R$ 100,00  nas assinaturas, contra 17% em toda a população. Já 4% dos brasileiros das classes A, B e C afirmaram pagar de R$ 101,00 a R$ 200,00 e 2%, acima de R$ 200,00.

METODOLOGIA

A Nexus – Pesquisa e Inteligência de Dados entrevistou, face a face, 1.000 cidadãos das classes A, B e C com idade a partir de 16 anos, nas 27 Unidades da Federação (UFs), entre os dias 14 e 20 de julho de 2025. A margem de erro no total da amostra é de 3 p.p, com intervalo de confiança de 95%. A amostra é controlada a partir de quotas de: (a) sexo, (b) idade, (c) região e (d) PEA.

Para esta pesquisa da Nexus, as classes A, B e C foram consideradas, segundo o Critério Brasil, da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisas (Abep). Somadas, essas classes representam, aproximadamente, 120 milhões de brasileiros.

Renda Média

A – R$ 26.811,68
B1 – R$ 12.683,34
B2 – R$ 7.017,64
C1 – R$ 3.980,38
C2 – R$ 2.403,04

Fonte: valores segundo a Associação Brasileira de Empresas de Pesquisas (Abep)

GERAÇÕES

Baby Boomers – 1946 e 1964 (entre 61 e 79 anos)
Geração X – 1965 – 1980 (entre 45 e 60 anos)
Millennials – 1981 a 1996 (entre 44 e 29 anos)
Geração Z – 1997 a 2012 (entre 28 e 13 anos)

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