Uma pesquisa da Nexus registrou os hábitos dos brasileiros das classes A, B e C na hora de maratonar suas séries preferidas nos streamings. Foram 9 perguntas feitas aos entrevistados sobre o que eles já fizeram ou deixaram de fazer para assistir a mais um episódio. Com as respostas, os brasileiros dessas classes foram divididos em três categorias: O Espectador Casual, que respondeu “sim” a até 3 perguntas elaboradas pela Nexus; o Maratonista Dedicado, que disse “sim” entre 4 e 7 vezes; e o Mestre do Binge, que deu de 8 a 9 respostas “sim”.
Mestre do Binge refere-se a alguém que é extremamente dedicado e habilidoso em assistir a séries ou filmes por longos períodos de tempo, sem interrupções significativas. Essa pessoa se destaca na prática do “binge-watching”, ou seja, assistir a múltiplos episódios ou temporadas de uma série de forma consecutiva.
De forma geral, os mais velhos são os menos habituados com os streamings e, consequentemente, menos afetados por eles em suas rotinas e relações pessoais. Por outro lado, os mais jovens são os que mais normalizam alguns desses comportamentos. Confira abaixo:
“A pesquisa da Nexus evidencia uma transformação geracional profunda na forma como consumimos entretenimento. Os mais jovens, que já nasceram na era do streaming, veem como normal comportamentos que os mais velhos consideram extremos, como virar a madrugada ou sacrificar compromissos. Isso não é apenas uma questão de hábito, mas de adaptação cultural”, analisa Marcelo Tokarski, CEO da Nexus.
“O futuro do streaming passa por entender e capitalizar sobre essa sede por conteúdo, oferecendo-o de maneira que maximize a experiência do usuário e sustente essa relação de paixão e dedicação. O desafio é criar plataformas que se adaptem a essas diferentes expectativas. Precisamos respeitar o ritmo do espectador casual, mas também nutrir e recompensar a lealdade e o engajamento do Mestre do Binge, que é o nosso fã mais apaixonado”, diz Tokarski.
Virar madrugada assistindo a séries no streaming
Metade (51%) dos brasileiros das classes A, B e C confessou que já virou a madrugada assistindo a séries nos streamings. Entre quem tem ensino superior completo, a prática é ainda mais comum: 72% responderam que sim. Os moradores do Sul (63%), brasileiros da classe A (61%) e a Geração Z (61%), que tem hoje entre 13 e 28 anos, também têm mais costume em passar a noite na frente da TV.
Por outro lado, apenas 29% de quem tem até o ensino fundamental completo responderam que já passaram a noite vendo séries. Quanto mais velho, também são menores as chances da maratona acontecer de madrugada: entre os baby boomers, de 61 a 79 anos, apenas 33% responderam que já viraram a noite vendo séries. E entre a Geração X, dos 45 a 60 anos, foram 39%.
>> 35% dos Espectadores Casuais, 88% dos Maratonistas Dedicados e 92% dos Mestres do Binge já passaram a madrugada assistindo a séries.
Deixou de sair com amigos para assistir a séries no streaming
Mais de 1/3 dos entrevistados (36%) já deixaram de sair com amigos para assistir a séries no streaming. Além dos mais jovens, da Geração Z (43%), a prática é mais comum entre brasileiros da classe C (41%), que tem até o ensino fundamental completo (41%) e que fazem parte da População Economicamente Ativa (41%).
Já os mais velhos (14%) são os menos propensos a cancelar compromissos com amigos para assistir a séries no streaming. Assim como os brasileiros que não fazem parte da População Economicamente Ativa (27%) e os da classe B (29%).
>> 18% dos Espectadores Casuais, 71% dos Maratonistas Dedicados e 100% dos Mestres do Binge já deixaram de sair com amigos para assistir a séries.
Assistiu a uma série mesmo não gostando por causa de amigos
1/3 dos brasileiros das classes A, B e C já assistiram a uma série mesmo não gostando, só porque os amigos estavam falando sobre ela. A prática é maior entre os millennials (48%), de 29 a 44 anos, e a geração Z (44%). Quem é divorciado ou viúvo (41%), moradores do Sul (40%), ou parte da População Economicamente Ativa (40%), também, com mais frequência, assistem a uma série que não gostam só por causa dos amigos.
O hábito é menos comum entre os mais velhos: apenas 16% dos baby boomers e 17% da geração X disseram que sim. Entre os homens, foram 29%.
>> 17% dos Espectadores Casuais, 69% dos Maratonistas Dedicados e 97% dos Mestres do Binge já assistiram a uma série mesmo sem gostar.
Furou o combinado de assistir a série juntos e assistiu tudo de novo
Ao todo, 32% dos entrevistados já furaram o combinado de assistir à série junto com alguém e precisaram assistir a tudo de novo, fingindo que era a primeira vez. O pequeno delito é mais comum entre brasileiros da classe A (43%) e os mais novos, tanto os millennials (44%), quanto os da geração Z (43%).
Novamente, o hábito é menos comum entre os mais velhos: 12% dos baby boomers e 19% da geração X. Apenas 25% dos moradores do Centro-Oeste/Norte também afirmaram já terem furado o combinado de assistirem a uma série com alguém.
>> 14% dos Espectadores Casuais, 68% dos Maratonistas Dedicados e 100% dos Mestres do Binge disseram “sim” para a pergunta.
Já assistiu a séries no trabalho ou durante a aula
24% dos brasileiros das classes A, B e C já assistiram a séries no trabalho ou durante a aula. Entre quem tem 13 e 28 anos, o número chegou a 44% dos entrevistados. Os moradores do Sul (32%) e os solteiros (32%) também responderam, com mais frequência, à prática.
Apenas 3% de quem tem entre 61 e 79 anos disseram já ter assistido a séries nos locais de trabalho ou em sala de aula e 12% da geração X disseram o mesmo. O hábito também é menor entre quem é separado ou viúvo (13%) e quem tem até o ensino fundamental completo (16%) ou não faz parte da População Economicamente Ativa (16%).
>> 10% dos Espectadores Casuais, 48% dos Maratonistas Dedicados e 92% dos Mestres do Bingedisseram “sim” para a pergunta.
Já chegou atrasado em um compromisso porque estava assistindo a séries no streaming
21% dos entrevistados já chegaram atrasados em um compromisso porque estavam assistindo série. O número é maior entre moradores do Sul (38%), os mais novos (32%) e quem tem o ensino superior completo (29%).
Já entre os baby boomers (6%), a geração X (10%) e quem tem até o ensino fundamental completo (13%), o hábito é menos comum.
>> 4% dos Espectadores Casuais, 51% dos Maratonistas Dedicados e 94% dos Mestres do Binge já chegaram atrasados em um compromisso por assistirem séries no streaming.
Já deixou de ir a encontro para assistir a séries no streaming
2 em cada 10 brasileiros das classes A, B e C (21%) já deixaram de ir a um encontro para assistir a séries no streaming. Entre moradores do Sul e jovens de até 28 anos, esse número chega a 29%. Os moradores do Nordeste (28%), os millennials (28%) e as mulheres (27%) também pulam o encontro para maratonar séries com mais frequência.
Apenas 4% de quem tem mais de 60 anos responderam que sim. Os homens (14%) e os moradores do Centro-Oeste/Norte (14%) também não costumam faltar dates para assistir streaming.
>> 3% dos Espectadores Casuais, 53% dos Maratonistas Dedicados e 99% dos Mestres do Binge já deixaram de ir a um encontro para assistir série.
Já falou que ficou doente para ficar em casa e assistir a séries no streaming
Apenas 17% dos entrevistados já disseram que estavam doentes para ficar em casa assistindo a séries. Entre quem tem até 28 anos, esse número chega a 35%. Já 27% dos moradores do Centro-Oeste/Norte e dos brasileiros da classe A já inventaram a mesma desculpa.
Como na maioria das perguntas, os mais velhos são os que menos aderem à prática: apenas 3% dos baby boomers e 6% de quem é da geração X.
>> 4% dos Espectadores Casuais, 36% dos Maratonistas Dedicados e 97% dos Mestres do Bingedisseram “sim” para a pergunta.
Já perdeu compromisso familiar para assistir a séries no streaming
Também 17% dos brasileiros das classes A, B e C já perderam compromissos familiares para assistir a séries no streaming. Entre brasileiros da classe A, esse número chega a 33% e entre moradores do Nordeste, a 30%.
Os baby boomers (2%), separados ou viúvos (5%), moradores do Centro-Oeste/Norte (8%) e a geração X (8%) são os segmentos que menos faltam a compromissos familiares para maratonar séries.
>> 3% dos Espectadores Casuais, 36% dos Maratonistas Dedicados e 87% dos Mestres do Bingeresponderam “sim” para a pergunta.
METODOLOGIA
A Nexus – Pesquisa e Inteligência de Dados entrevistou, face a face, 1.000 cidadãos das classes A, B e C com idade a partir de 16 anos, nas 27 Unidades da Federação (UFs), entre os dias 14 e 20 de julho de 2025. A margem de erro no total da amostra é de 3 p.p, com intervalo de confiança de 95%. A amostra é controlada a partir de quotas de: (a) sexo, (b) idade, (c) região e (d) PEA.
Para esta pesquisa da Nexus, as classes A, B e C foram consideradas, segundo o Critério Brasil, da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisas (Abep). Somadas, essas classes representam, aproximadamente, 120 milhões de brasileiros.
Renda Média
A – R$ 26.811,68
B1 – R$ 12.683,34
B2 – R$ 7.017,64
C1 – R$ 3.980,38
C2 – R$ 2.403,04
Fonte: valores segundo a Associação Brasileira de Empresas de Pesquisas (Abep)
GERAÇÕES
Baby Boomers – 1946 e 1964 (entre 61 e 79 anos)
Geração X – 1965 – 1980 (entre 45 e 60 anos)
Millennials – 1981 a 1996 (entre 44 e 29 anos)
Geração Z – 1997 a 2012 (entre 28 e 13 anos)
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