A pesquisa “A relação dos brasileiros com dinheiro”, feita pela Nexus – Pesquisa e Inteligência de Dados, mostra que 63% dos brasileiros das classes A, B e C estão preocupados com dinheiro para o futuro. Desses, 35% se dizem muito preocupados. Apenas 2% dos entrevistados afirmaram não ter nenhuma preocupação em relação ao futuro financeiro. Outros 20% estão mais ou menos preocupados, 8%, pouco preocupados e 6% não souberam ou não quiseram responder.

O futuro financeiro parece ser uma preocupação maior dos jovens entre 16 a 24 anos: são 84% os que se disseram preocupados (27%) ou muito preocupados (57%) com dinheiro. Em relação à renda, os brasileiros das classes A dividem a maior preocupação com o futuro financeiro com quem é da Classe B: 80% dos mais ricos se dizem preocupados ou muito preocupados com o futuro financeiro. Entre quem é da classe B, são 79%.
A pesquisa da Nexus mostra que o Sudeste é a região em que essa questão é mais marcante, atingindo 69% dos moradores divididos entre os que se disseram muito preocupados (38%) ou apenas preocupados (31%). Logo atrás vem o Sul, região com o maior percentual de moradores muito preocupados com a questão financeira, um total de 46%. Outros 22% se disseram apenas preocupados, somando 68%. No Nordeste 56% se dividem entre preocupados (30%) e muito preocupados (26%), já no Norte/Centro-Oeste, são 53%, com 30% muito preocupados e 23% preocupados.
Ligada ao futuro financeiro, a aposentadoria também é uma grande preocupação para ⅓ (33%) dos brasileiros das classes A, B e C. Outros 24% se disseram apenas preocupados, somando 57%. Outros 18% se disseram mais ou menos preocupados, 9% pouco preocupados, 10% nada preocupados e 7% não quiseram ou não souberam opinar.
Entre os que estão muito preocupados, se destacam os mais jovens (46%) e brasileiros da classe A (43%). Por outro lado, 28% de quem têm 60 anos ou mais se disseram nada preocupados com a aposentadoria.
Metade da classe ABC paga as contas, mas dinheiro não sobra
A preocupação com a falta de reserva para o futuro é consequência do retrato atual das finanças dos brasileiros das classes A, B e C: quase metade (48%) disse que consegue pagar todas as contas, mas que o dinheiro não sobra. Outros 30% disseram que conseguem gerenciar o dinheiro bem e ainda sobra, 11% precisam pedir ajuda ou empréstimos para pagar as contas, 5% deixam uma ou mais contas para o mês seguinte e 6% não quiseram ou não souberam responder.
“Os dados da Nexus chamam bastante atenção. Ao somar os que não conseguem poupar (48%) com os que precisam de ajuda (11%) ou atrasam contas (5%), chegamos a um número ainda mais preocupante: 64% da população das classes A, B e C não conseguem juntar dinheiro. Esses brasileiros se tornam maismais vulneráveis a imprevistos e mais distantes de construir um futuro financeiro sólido”, analisa Marcelo Tokarski, CEO da Nexus.
O percentual de brasileiros que pagam as contas, mas não conseguem guardar dinheiro, é maior entre os mais jovens (55%), moradores do Sudeste (53%) e quem estudou até o ensino médio (51%). Entre moradores do Nordeste ou quem estudou até o ensino médio, 7% responderam que precisam deixar contas para o mês seguinte por falta de dinheiro para o pagamento.
Os moradores do Norte/Centro-Oeste são os com menor preocupação com as contas, 43% gerenciam bem o dinheiro, que ainda sobra depois das contas pagas.
51% dos brasileiros das Classes ABC têm dívidas no cartão de crédito
A pesquisa da Nexus revela ainda que menos de ⅓ (27%) dos brasileiros das classes ABC não possuem dívidas. Metade (51%) respondeu que tem dívidas no cartão de crédito, outros 28% têm empréstimos pessoais, 17% financiam imóveis ou veículos, 8% têm dívidas no cheque especial e 2% responderam que têm outros tipos de dívidas.
A presença de dívidas pesa no orçamento mensal: 42% dos brasileiros das classes A, B e C que não possuem dívidas conseguem guardar algum dinheiro no fim do mês. O número cai para 27% entre quem possui dívidas. O esforço para conseguir pagar as contas também é maior, 14% de quem tem algum tipo de dívida tem que se esforçar muito para fechar o mês, contra 5% de quem não têm dívidas.
A dívida no cartão de crédito é maior entre quem tem de 25 a 40 anos (66%) e moradores do Nordeste (58%), já os empréstimos pessoais chegam a 44% entre os maiores de 60 anos. A classe A é a única segmentação em que mais da metade da população (52%) não tem nenhum tipo de dívida.
Entre quem têm algum tipo de dívida, 44% têm débitos que comprometem mais de 1 mês de renda. Nos mais velhos, esse número chega a 58%.
METODOLOGIA
A Nexus entrevistou, online, 1.010 cidadãos com idade a partir de 16 anos, das classes A, B e C, nas 27 Unidades da Federação (UFs). As entrevistas foram realizadas entre 08 e 09 de agosto de 2025. A margem de erro no total da amostra é de 3 p.p, com intervalo de confiança de 95%. A amostra é controlada a partir de quotas de: (a) sexo, (b) idade, (c) região e (d) PEA.
Para esta pesquisa da Nexus, as classes A, B e C foram consideradas, segundo o Critério Brasil, da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisas (Abep). Somadas, essas classes representam, aproximadamente, 120 milhões de brasileiros.
Renda Média
A – R$ 26.811,68
B1 – R$ 12.683,34
B2 – R$ 7.017,64
C1 – R$ 3.980,38
C2 – R$ 2.403,04
Fonte: valores segundo a Associação Brasileira de Empresas de Pesquisas (Abep)
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