A grande maioria (84%) dos brasileiros considera o turismo importante para geração de emprego, sendo que 43% acham muito importante. Os dados inéditos são da pesquisa Tendências de Turismo Verão 2025 – comportamento da população brasileira, feita pela Nexus – Pesquisa e Inteligência de Dados e pelo Ministério do Turismo (MTur). Apenas 6% responderam ser mais ou menos importante, 4% pouco importante, 4% nada importante e 1% não sabia ou não respondeu.
Em outra pergunta, sobre os benefícios do turismo no Brasil, atração de investimentos aparece em 1º lugar (15%), seguida por geração de empregos locais e desenvolvimento regional (ambos com 13%). Mais abaixo no ranking, está o aumento da arrecadação tributária (11%), seguida por crescimento no setor hoteleiro (6%) e novas oportunidades de negócios (5%).
Qual principal benefício do turismo para o Brasil? E em segundo lugar?
“A percepção do brasileiro reflete o tamanho do impacto econômico do turismo no Brasil e os bons resultados obtidos durante 2024. Além de movimentar a economia, o setor cria empregos em diversas áreas, como alimentação, atividades culturais e transportes. A atividade turística é ainda uma forma de promover desenvolvimento regional e reduzir a desigualdade no país”, afirma o ministro do Turismo, Celso Sabino.
Combate à desigualdade social
O combate à pobreza e à desigualdade social é a política pública com maior capacidade de impactar positivamente a atividade turística no Brasil, na avaliação de 33% dos brasileiros. Em segundo lugar, estão ações de incentivo para baratear custos em viagens a lazer, com 21%. Outras medidas citadas são ações de segurança pública (13%); investimento em infraestrutura nos destinos mais procurados (12%), incluindo obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento); e políticas de qualificação profissional para o setor (6%).
Qual política pública com maior capacidade de impactar positivamente a atividade turística no Brasil?
A maioria da população (51%) acha que o Brasil tem muito potencial para exploração do turismo como atividade econômica, sendo que 36% consideram alto e 15% muito alto. Outros 29% consideram médio, 10% baixo e 2% muito baixo. Nenhuma das opções ou não responderam somam 8%.
Segundo a pesquisa da Nexus e do Ministério do Turismo, ao serem questionados sobre o quanto o país aproveita esse potencial, os entrevistados se dividem: 43% acreditam que ele é aproveitado, sendo 19% muito aproveitado; outros 43% responderam que é pouco aproveitado. Já 9% pensam que não aproveitam nada e 4% não sabiam ou não responderam.
Na visão de 43% dos brasileiros, o turismo no país aumentou nos últimos dois anos, sendo que 21% acreditam que houve muito crescimento. Outros 29% consideram que ficou igual, 10% responderam que diminuiu pouco, 6% que diminuíram muito e 12% não souberam ou não responderam.
Emprego no turismo
Em 2024, o Brasil atingiu a menor taxa de desemprego da série histórica, registrando 6,6%, segundo a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua. Desde o início de 2023, foram abertos 405.382 postos de trabalho no setor, de acordo com dados do CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).
Outros números do turismo no Brasil
- 118 milhões de pessoas movimentaram os aeroportos em 2024, sendo 25 milhões no mercado internacional, resultado histórico. Também 20 milhões de passageiros foram inseridos na aviação;
- O Brasil se tornou o 4° maior mercado doméstico do ramo em 2024,de acordo com dados da IATA (International Air Transport Association). Houve um avançou 6,6%, contra média global de 5,6%;
- Atividades ligadas ao turismo atraíram US$ 360 milhões em investimentos estrangeiros diretos em 2024, uma alta de 40% em relação a 2023. Setor de transportes lidera a atração de investimentos (US$ 157 milhões), seguido por Cultura e Lazer (US$ 139 milhões).
- O Brasil chegou ao recorde de turistas estrangeiros em 2024, ultrapassando de 6,7 milhões, 14,6% a mais que em 2023; Argentina lidera, com quase 2 milhões, seguida pelos EUA (697 mil) e pelo Chile (652 mil);
- No ano passado, os turistas estrangeiros injetaram US$ 7,3 bilhões na economia brasileira, maior valor nos últimos 15 anos, superando inclusive 2014, quando o país sediou a Copa do Mundo de Futebol.
Metodologia
A Nexus realizou 5.542 entrevistas domiciliares com cidadãos com idade a partir de 16 anos, nas 27 Unidades da Federação (UFs). A margem de erro no total da amostra é de 2 pp, com intervalo de confiança de 95%. As entrevistas foram realizadas entre 14 e 28 de outubro de 2024. A pesquisa foi realizada a pedido da Secretaria de Comunicação da Presidência da República.
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